As questões filosóficas dizem respeito a qualquer pessoa que se disponha a refletir sobre sua própria existência, sobre o fundo que sustenta a sua própria possibilidade de conhecimento do mundo e de construção de sentido à sua vida.
Estas questões incidem sobre a nossa forma de perceber, de julgar, de avaliar a realidade. Dependendo das respostas que obtivermos, em cada sistema filosófico, há um mundo possível a ser vivido. Trata-se de uma grande responsabilidade. Trata-se de aprender a ver para além do costumeiro, para além da forma mecânica e repetitiva como usualmente nos deparamos com as coisas.
Questões como “O que é o tempo?”, “Deus existe?”, “Ações humanas são livres?”, Qual é o sentido da vida?, Todo evento tem causa?”, O que é a verdade?”, “O que sou ‘eu’?”, dentre outras, nunca são neutras. Nas questões filosóficas é a existência que se põe em decisão.
Por isso é preciso refletir sobre nossas potências, sobre os nossos limites, sobre o próprio ato de conhecer. Eis um caminho para pensar. E, desde que sejamos humanos, não há como não pôr neste caminho, pelo menos algumas vezes na vida. Pelo menos nos momentos fundamentais. Por isso a Filosofia é um modo de amar a vida e de tomá-la em suas próprias mãos, ou melhor, em seu próprio pensar.
Sérgio Augusto Sardi, professor da Faculdade de Filosofia da PUCRS
Felipe de Matos Muller, Coordenador do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas da PUCRS .
Fonte: Jornal Mundo Jovem e Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da PUCRS – Junho 2009 ano 1, número 3
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